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Apartamento de 55 m² se livrou do aperto ao reduzir a varanda

13/10/2014
Bem resolvida em relação ao orçamento e às mudanças que desejava, a moradora saiu em busca do profissional perfeito para converter o apartamento num lugar com a cara dela

Por Fernanda de Castro Lima (visual) e Tatiane Domiciano (texto) / Projeto Stuchi & Leite / 

Fotos Luis Gomes


Luis Gomes


Se houvesse uma cartilha formal sobre reformas, poderíamos dizer sem medo que a economista Joyce Hamaguchi cumpriu com êxito todas as lições. Definiu o orçamento, o estilo e as principais mudanças e, por fim, fez extensa pesquisa para encontrar o profissional em sintonia com seus desejos. Foi nas páginas de ARQUITETURA CONSTRUÇÃO que ela viu o traço de Fabiana Stuchi, do escritório Stuchi Leite, e não hesitou em fazer contato. Na primeira reunião, a arquiteta se surpreendeu com a objetividade da jovem cliente: “Ela pediu mais espaço útil pois considerava a planta, de apenas 55 m², muito truncada. Luminosidade e circulação livre também estavam entre as prioridades”, conta.



Luis GomesCom a mudança de lugar da esquadria, o estar ocupa um trecho antes destinado à sacada (que era desproporcional em relação ao restante da planta). Assim, a sala praticamente dobrou de tamanho. Quanto à iluminação artificial, spots em trilhos e um pendente sobre a mesa de jantar dão conta do recado. Porta recolocada: pensando em aproveitar os painéis de correr da varanda, a arquiteta criou uma estrutura de steel frame e drywall para o novo ponto que delimita o terraço.



As demandas de Joyce podem até ser lugar-comum no universo das moradias compactas, mas as soluções encontradas por Fabiana, com a colaboração de Danilo Bocchini, passaram longe dos clichês recorrentes em apartamentos pequenos. A começar pelo módulo de armazenagem que separa e atende, ao mesmo tempo, à cozinha e às salas de estar e jantar. Em cada uma das três faces do bloco, nichos, gavetas e compartimentos organizam os ambientes e a rotina da moradora. “Adoro esta peça porque ela resume minha personalidade – é moderna e prática”, brinca a economista, que do desenho original só trocou a cor vermelha pela amarela. Pontuais, dois recursos de obra melhoraram decisivamente a iluminação e a circulação: demolir a parede do segundo quarto e movimentar a porta da varanda. “O imóvel se encheu de luz natural, o terraço adquiriu tamanho ideal, e Joyce ganhou um cantinho de estudos”, completa Fabiana. Se a parceria funcionou? A dona do apê responde sem titubear: “Sonho realizado!”



Luis GomesEscultura de cahorro da Marché Art de Vie. Sobre o Tapete da By Kamy, Cadeira de madeira da Tok & Stok. Na cozinha, objetos da Kare.



- Segredo revelado: uma base de alvenaria de 5 cm de altura oferece suporte ao módulo. o recurso foi imaginado, principalmente, para facilitar a limpeza. Já os nichos que abrigam os eletrodomésticos têm fundo falso, que escondem a rede elétrica e dão acesso a ela.

- Cozinha esperta: originalmente do tipo americano (ou seja, com balcão voltado para a sala), o espaço se reorganizou. “A planta antiga delimitava uma bancada de apenas 1 m”, explica a arquiteta. Realocada, a área de trabalho soma, agora, 2,30 m.

-Bagunça escondida: mantido, este trecho da parede (pintado de esmalte fosco preto, da Suvinil) esconde a pia dos olhos de quem chega. No frontão, destaque para a cerâmica (Portobello, ref. cobogó índigo, 20 x 20 cm). O armário inferior exibe laminado cinza (Formica, ref. grafito).

- Abre e fecha: alguns truques desempenharam papel importante para deixar o bloco amarelo mais versátil. Caso da porta de correr que oculta o micro--ondas em dias de recepção e dos puxadores em cava (2,5 x 10 cm) na própria marcenaria.





Luis Gomes





- Chegada aberta: a sala cresceu 2,40 m graças ao reposicionamento da porta de correr que dá acesso à varanda – antes, ela ficava aqui. Com a alteração, a área externa diminuiu, mas tem suficientes 4,60 m².

- Unidade visual: usar o mesmo revestimento em todos os ambientes é um ótimo recurso para áreas compactas. Aqui, o eleito foi o porcelanato (Portobello, linha Concretíssyma), em placas de 0,60 x 1,20 m.

- Módulo flutuante: para conquistar visual mais leve e reforçar a sensação de amplitude, o armário não chega ao teto e possui uma base de alvenaria recuada. Assim, parece estar solto no espaço.



Luis Gomes



- Duplo uso: curinga, o armário executado sob medida substituiu a alvenaria e economizou metragem. De um lado, ele atende ao quarto e, do outro, ajuda a organizar a sala de estudo.



Luis Gomes



- Novo acesso: ideias simples ajudam a poupar bons metros em plantas compactas. É o caso da troca das portas comuns pelas de correr, como esta. O puxador embutido finaliza o conjunto.



Luis GomesCadeira de Couro da Cappellini e Luminária de mesa da Futura Iluminação.



- Cheio de luz: com a derrubada da parede do segundo quarto, o apartamento recebeu dose extra de claridade. À noite, a luz vem dos versáteis spots (ref. rK.08005), fixos em trilhos (ref. rK.12030) – tudo da Reka.

- Teto livre: receita fácil para eliminar de vez a sensação de aperto. O forro de gesso foi banido de todos os ambientes com o propósito de ganhar 30 cm de altura no pé-direito.

- Arremate mínimo: se o pé-direito aumentou, o rodapé diminuiu. Com apenas 3 cm, ele dá acabamento ao piso sem prejudicar os recursos adotados para ampliar visualmente o apê.



Três passos para ampliar

A arquiteta optou por eliminar o segundo quarto, demolir a cozinha americana e reduzir a varanda para multiplicar por dois o espaço destinado à área social.



Campoy EstudioA demolição de algumas divisórias e a aplicação de acabamentos claros deixaram o imóvel muito mais iluminado. A cor se restringiu ao volume amarelo, encarregado de separar a cozinha da sala. O nicho acima da tV exibe o mesmo revestimento do armário (Formica, ref. novo cromo real). Em todas as paredes, aplicou-se tinta látex à base de água (suvinil, ref. branco neve). Mesinha de Fernando Jaeger, almofadas da Tamtum, quadros da Arterix e Fruteira da Benedixt.


Área: 55 m². Luminotécnica: Reka.

Fonte: Arquitetura e Construção

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