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Dicas para resolver os conflitos em condomínios

19/02/2015
O quadro do Fantástico “Conciliador” mostra uma realidade que diversas famílias brasileiras enfrentam: problemas de convivência nos condomínios. Grande parte deles acontecem por simples situações, mas quando se tornam contínuas e sem previsão de ter um fim, o jeito é acionar a justiça.

Carla Aparecida Ribeiro ainda não chegou a tão ponto, mas diz que está bem próxima disso. Mãe de dois filhos, a professora vive no mesmo prédio há 20 anos e desde então sempre está em pé de guerra com a vizinha do apartamento acima. Se não é o barulho em plena madrugada, o rádio da cozinha permanece no volume máximo, sem falar da sujeira na área comum entre os apartamentos. “Como o prédio é pequeno e administrado pelos moradores, por diversas vezes tentei uma conversara apaziguadora, mas até agora não consegui muito sucesso”, diz.

Para que simples situações como essa se resolvam, Cristina Muccio Guidon e Evelyn Roberta Gasparetto, autoras do livro “Administrando Condomínios”, afirmam que é sempre necessário estabelecer um regulamento interno e a convenção do condomínio, dessa forma os condôminos estarão amparados nas decisões a serem tomadas, bem como as eventuais punições a serem aplicadas.

É durante a reunião entre os moradores que também deve se estabelecer um fundo de reserva para o prédio. “O percentual costuma variar entre 5% a 10% do valor do condomínio, sendo recomendável mantê-lo em uma conta separada daquela utilizada para as despesas ordinárias. Sua utilização é para casos emergenciais e deve ser recomposto após a sua utilização e levado esse assunto para assembléia para conhecimento dos condôminos”, explicam as autoras.

Na questão do lixo, por exemplo, Angélica Arbex, gerente da Lello Condomínios, afirma que observa um grande despreparo por parte dos moradores. “O cuidado deveria ser o mesmo que é tomado quando as pessoas que moram em casas. Os sacos devem estar bem fechados, objetos cortantes protegidos e lixo reciclável separado e identificado”, detalha.

Em muitos casos, os problemas também acontecem por conta da má administração do próprio síndico, Cristina lembra que este profissional tem por obrigação prestar contas sobre sua gestão, devendo apresentar mensalmente aos moradores um demonstrativo claro e de fácil entendimento da movimentação financeira do condomínio, detalhando os recebimentos e pagamentos. Além disso, anualmente, essas contas devem ser aprovadas pelos condôminos.

Alguns síndicos costumam até fazer obras no condomínio sem consultar alguém. Neste caso, a autora explica que os membros do conselho fiscal é que costumam ficar informados sobre isso. Quando algo não está bem esclarecido, os condôminos devem se reunir e verificar não só as obras, mas os orçamentos, os pagamentos feitos, e se as mesmas estão contribuindo para o condomínio. Se não for o caso, uma comissão deve pensar na possibilidade de contratar um síndico profissional.

Às vezes, os moradores também enfrentam a polêmica do valor da taxa de condomínio. “Para que o edifício possua uma quota justa e suficiente para honrar o pagamento dos compromissos mensais como salários, impostos, água, luz, materiais, é necessário que o síndico em conjunto com o conselho fiscal trabalhe visando reduzir custos com fornecedores, além do desperdício de água e luz”, detalha. Eles também devem ficar atentos a necessidade de horas extras dos funcionários, pois essa despesa onera consideravelmente a folha de pagamentos dos edifícios.

Tão importante é conversar sobre a questão da segurança, afinal, não é só nas grandes cidades que os assaltos tem se tornado freqüentes. “O cuidado a ser tomado deverá ser na contratação de funcionários, ou então, na verificação das pessoas que a empresa terceirizada envia, e até mesmo com a própria empresa de segurança, de câmeras, portões e alarmes. Além disso, os moradores podem combinar um sinal, alguma posição de estacionar o carro que demonstre que aquela pessoa que entrou junto, não é um convidado e sim um assaltante”, aconselha.

Para Arbex, os condôminos precisam entender que convivem com outras famílias e o comportamento cordial e altruísta melhora, e muito, a qualidade de vida de todo o conjunto de condôminos. O fundamental é pensar com gentileza e agir com gentileza. Não bastam apenas quadros de aviso próximo aos elevadores, é preciso que todos estejam conscientes e cumpram os seus deveres.

Por Juliana Lopes

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